Desenvolvido pela Undead Labs e destribuido pela Microsoft Studios, o game é para PC e Xbox 360, teve seu lançamento oficial no dia 5 de novembro, até então o jogo estava em early access.

Sempre pensei como seria um jogo perfeito de zumbis. Aquele que não somos o mais poderoso personagem, andando pela cidade como se fosse um "exterminador do futuro", mas aquele game que chegasse ao menos perto de nos mostrar como é viver em um apocalipse zumbi. Sim hoje em dia temos muitos jogos de zumbis, mas poucos deles são realmente bons. Vejo muitos falarem do DayZ, mas vale lembrar que DayZ é apenas um mod (ainda a caminho a versão Standalone), não algo dedicado. Mas em meio a tantos jogos que foram lançados nesse novo universo, temos um que nos salva, mostrando que tudo, por mais que parece bem, pode virar de cabeça pra baixo em segundos. Então eu vos apresento State of Decay um digno jogo ala The Walking Dead.

Quando o jogo foi anunciado, poucas informações foram liberadas, lembro apenas de um teaser mostrando a passagem de tempo do jogo. Inicialmente apenas como um jogo de Live Arcade, State of Decay, caminhou para o PC alguns meses depois de ser lançado. Mas o que faz desse jogo diferente de qualquer outro jogo de zumbis? Ainda mais por ser o primeiro jogo da produtora Undead Labs, e de baixo custo.

State of Decay, nos leva a um patamar diferente de sobrevivência, nele você não tem um personagem principal ou um a quem deva ficar preso até o final. A troca de personagens é de sua preferência, então vasculhar a cidade a procura de novos sobreviventes é fundamental para aumentar a população da sua base, mas quanto mais pessoas você tiver, maior será o consumo de alimentos, medicamentos e armas. Já que as pessoas nunca ficam paradas e mesmo não estando no poder delas, sempre terão um objetivo para fazer, onde o perigo fica maior, já que nessas missões onde você não está presente, elas podem se machucar e ficar impossibilitadas de serem controladas até se recuperarem na base.

A sua base é o local onde você sempre levará os itens que achar pelo grandioso mapa, sendo munições, comida ou medicamentos, lá é o local onde poderá ser guardado. Vale lembrar que, como não existe mais dinheiro, cada item tem seu valor (essa mesma moeda se aplica na influencia que você tem com a população da base), por exemplo, cada item que você pegar do estoque sua influência diminui e a cada item colocado ela aumenta. Ao explorar o mapa, você sempre poderá encontrar grandes estoques de determinada coisa, além de novos sobreviventes para ajudar em novas tarefas. Novos sobreviventes significa mais itens e novas habilidades, com isso você pode aprimorar sua base da maneira que você decidir, torres de vigia, área para plantio, uma ala hospitalar entre outras coisas.

O mapa do jogo é grande, mas com tantos veículos disponíveis em ruas e estradas, fica muito fácil sair de um local e ir para outro imediatamente, perdendo um pouco aquela essência que faz tanto a diferença. Mas é claro que isso não é motivo de deixar o jogo de lado, durante todo o jogo a exploração é crucial, procurar por todo tipo de coisas, seja munições ou pistolas, machados, medicamentos, ter paciência de entrar em uma casa sem ser visto e procurar em todos os cômodos por algo que possa lhe servir não vai ser tão fácil, já que pode sair de mãos vazias. Mas caso você encontre algo que queira muito levar para o acampamento mas não quer voltar naquele momento, usar o rádio para chamar um sobrevivente para pegar aquele item para você é uma opção, lembrando que ao fazer isso, aquele mesmo sobrevivente está correndo um grande risco de ser morto, já que ele está caminhando sozinho até você e também na volta à base. Então treine bem um sobrevivente para quando não estiver sob o controle dele, o mesmo conseguir se safar das enrascadas.

Lembrar das regras básicas de um mundo enfestado por zumbis é simples, mas quero ver executa-las de maneira perfeita. Em muitos momentos nos vemos obrigados e ter que simplesmente fugir dos zumbis, sua stamina diminui a cada golpe ou empurrão, e tudo o que você faz emite um som, que pode ser notado no mini mapa ao lado da tela. Esses sons alertam zumbis, e dar um tiro não é a melhor opção quando se está no meio da cidade. Correr também chama a atenção deles, para passar despercebido o jeito certo é se locomover agachado, mas nem sempre pode dar certo, se o local estiver cheio deles.

O foco do jogo ficou mais por conta da sobrevivência em um apocalipse, pois o mesmo não tem uma história aprofundada, então para quem gosta de acompanhar o desenrolar do enredo pode ficar decepcionado. Particularmente isso não me impediu de adquirir o game, já que sabemos qual o verdadeiro foco dele.

Mas como nem tudo é um mar de rosas, ou nesse caso um mundo sem mortes, State of Decay tem suas falhas. Mesmp próximo de ser o melhor jogo de zumbis para se divertir já lançado, seus bugs podem estressar em determinados momentos. Zumbis que atravessam paredes e os faróis dos carros que mesmo iluminando o caminho não demonstram estar acesos são alguns exemplos. Outra parte ruim no jogo está em dois aspectos da jogabilidade, uma delas é nos carros que parecem um pouco superficial, a outra é a movimentação da câmera, que fica lenta ao girar. Na verdade, State of Decay não precisaria de uma grande história para chamar atenção do público, seria mais fácil para a produtora ter deixado ela de lado, ou aprofundado mais, já que decepciona em vários momentos.

Uma grande jogada para ter muito mais jogadores seria algo já presente em muitos jogos desse estilo, que é a opção de um modo co-op. Graficamente falando o jogo é bonito, mostra o grande esforço que a produtora teve para modelar ele inteiro, ainda mais por ser um jogo de baixo custo, mas poderia ter umas opções mais avançadas para mudar as configurações de vídeo.